Ma e boas noticias

Ma noticia: Albert Hammond Jr cancelou o concerto em Sydney a que eu ia amanha. Idiota.


Boa noticia: Ganhei um bilhete para Lightspeed Champion, hoje.

Outras boas noticias:

1) Fui e foi bom, outra vez, depois de me terem aparecido, nem os conhecia, a suportar os Young Knives no Astoria. Desta vez, nem 300 pessoas la cabiam.

2) O support act tambem arrebentou: http://www.myspace.com/theholidays 

3) Estive cinco minutos a conversa com a propria da personagem, Mr. Hynes, que, curtido como e, decidiu vir ver os The Holidays com a malta. Inclusivamente fez-me varias perguntas, portanto tratou-se mesmo de uma comunicacao bilateral (ao contrario das reunioes da WTO, mas esquecamos a natureza humana, por momentos)



4) Os Cold War Kids (finalmente!!) nao cancelaram o concerto deles da proxima quarta

5) Nem so a musica traz boas noticias

Acabei de me lembrar de outra ma noticia e de uma noticia neutra.

Ma noticia: Estimo que 80% dos leitores deste blog nao conhecam nenhuma destas bandas

Noticia neutra: Dos 20% que conhecem, 18% nao acham nenhuma delas nada de especial

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Pegando muito ligeiramente no tema anterior, tenho-me vindo a questionar sobre o seguinte cenario:


Um candidato a primeiro-ministro inteligente e bem formado tem como um dos objectivos do seu programa suspender por tempo indeterminado qualquer tipo de eleicoes, limpar o pais da classe politica existente, instalar um sistema de justica funcional, varrer da funcao publica e da vida politica o nepotismo e a mediocridade e, quando isso estiver feito, tenciona demitir-se, porque nao tem interesse nenhum no Poder e quer e ler livros e comer gajas.

Se este candidato ganhasse as eleicoes com maioria absoluta, tratava-se de uma eleicao democratica?

E, em nao tratando, a sua eleicao seria aprovada?

E, em sendo, algum de voces estaria interessado num projecto destes?

E, em estando, porque nao se juntam a mim?

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Tenho serias reservas de cada vez que um governo vem falar em medidas contra a corrupcao. Eu nao acho que a legislacao contra a corrupcao deva ser promovida nem aprovada por politicos.


Era como o apito dourado ter arbitros como testemunhas de acusacao.

Este tipo de gente protege a propria classe. como e que um gajo que passou metade da vida a lamber botas e a outra metade a ve-las lambidas, pode legislar contra a corrupcao?

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Une-me a esta mulher um amor muito grande. As vezes pergunto-me o que faria eu se ela tivesse menos 15 anos e fosse solteira. Ou se eu tivesse mais 20 e ela fosse solteira na mesma.


(De certa forma, e isto e um sentimento estranho, sinto uma certa simpatia pelo marido dela, que deve ser um gajo incrivel, porque nem sequer e bonito. Eu acho que a Cate Blanchett esta muito para la do mindset de Hollywood. E uma mulher normal, como as outras todas, so que nao e. Gostava de ser, mas nao e.)

Bom mas isso nao interessa nada. O que interessa e que eu gosto que ela exista. Nao posso nem quero aspirar a mais do que isso, por isso a mensagem a passar e mesmo essa: ainda bem que ha mulheres assim.

(E ainda bem que eu ainda nao me cruzei com nenhuma, porque posso continuar a procura.)

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Coffe and Cigarettes



Independentemente do facto de isto para mim ser Amor, é tambem das melhores representacoes que ja vi (embora possa ser o coracao a falar).

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02:53 - 03:05



I tried to tell you before I left
But I was screaming under my breath
You are the only thing that makes sense
Just ignore all this present tense

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200,000 pessoas para ver o Obama em Berlim? Duzentas mil pessoas??? Em BERLIM?!

Mas que esta gente nao tem mais nada que fazer?

(A unica explicacao que vejo para isto era haver bar aberto para o publico.)

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Tou absolutamente saturado com as eleicoes americanas. Que falta de paciencia. Elejam a merda de um gajo em silencio.

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ps

confiante de que ha-de haver alguem que gostava de saber isto, chamo a atencao para o segundo paragrafo.

http://en.wikipedia.org/wiki/Ehud_Goldwasser

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acho que ainda vou a tempo de dizer isto

Percorri mais de 15 sites de noticias, vi todos os canais que tinha ao meu dispor, li todos os jornais em todas as linguas que conhecia e em nenhum deles vinha a explicacao - ou sequer a curiosidade - sobre a morte dos dois soldados israelitas que (e cito todos os orgaos de comunicacao do Planeta) "foram raptados pelo Hezbollah em 2006, no incidente que deu origem a intervencao armada de Israel no Libano".

Sempre, sempre, a mesma noticia: os soldados foram raptados, a guerra comecou, e agora os corpos dos soldados regressam, em troca de 5 prisioneiros libaneses e uma mao-cheia de corpos libaneses e palestinianos.

Mas o mais importante, parece-me a mim, nao era dizer (ou pelo menos mostrar querer saber!!) como e que eles foram mortos? Como e que todos os orgaos de comunicacao do MUNDO referem "corpos" e "soldados raptados" na mesma frase, sem ligar as duas expressoes??

Isto é, sao suficientemente importantes para comecar uma guerra e para garantir directos da fronteira de Israel com o Libano quando voltam em caixoes, gasta-se rios de tinta e horas de televisao a debater, durante meses, se estao vivos ou mortos, mas quando se anuncia que vao regressar MORTOS, ninguem se questiona porque, como, e quando.

E espantoso. Nao sei se fui o unico a reparar nisto. Espero que nao caro leitor (que esta de ferias na praia e nao quer saber disto para nada).

Irrita-me a massificacao da Noticia, mesmo a nivel internacional. A Noticia, como me é dada a observar hoje, nao é a realidade que se relata, mas sim a historia que se constroi a volta de determinada realidade. Assim, os "corpos" dos "soldados raptados" passaram a estar unidos na mesma frase e isso bastava como Noticia.

A Noticia era essa, e ninguem se deu ao trabalho de investigar ou explicar, a mais do que obvia questao: como e que eles morreram? E, mesmo que isso ja fosse sabido, como e que ninguem o menciona nas reportagens?

Como é que todos os orgaos de comunicacao do Planeta reportam uma noticia igual, que está incompleta?

Andam-se a copiar uns aos outros?

E uma loucura. E uma promiscuidade intelectual.

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duas estrelas michelin

ha aqui uns pacotes de arroz que se compram e se metem dois minutos no micro-ondas e saem de la optimos e prontos a comer. sinto-me como um refugiado do norte do Uganda que chega pela primeira vez a Kampala.

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tudo o que e preciso para se ser feliz dps de uma hora de sono e 7 de missa com o Papa

http://www.metacritic.com

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Ocorrem-me inumeros pensamentos sobre tudo isto, mas nenhum é definitivo e a maioria nao é publicável

Hugh Cornwell clearly states "'Golden Brown' works on two levels. It's about heroin and also about a girl". Essentially the lyrics describe how "both provided me with pleasurable times." (Wikipedia)



Golden brown texture like sun
Lays me down with my mind she runs
Throughout the night
No need to fight
Never a frown with golden brown

Every time just like the last
On her ship tied to the mast
To distant lands
Takes both my hands
Never a frown with golden brown

Golden brown finer temptress
Through the ages she's heading west
From far away
Stays for a day
Never a frown with golden brown

Never a frown
With golden brown
Never a frown
With golden brown

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Free Hugs, 3

Quem diria que dois anos depois eu ia andar a passear-me por estas ruas e chama-las de casa.


Lembro-me de, na altura, olhar fascinado para todos os pormenores e tentar imaginar como seria o resto das ruas, por tras do que se via!

Sydney. Quem diria. 

http://maisdemilvozes.blogspot.com/2006/10/free-hugs.html

http://maisdemilvozes.blogspot.com/2007/04/free-hugs.html

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Growing new skin



Hoje estava num ferry que sai do centro de Sydney para um suburbio de praia fora do porto, chamado Manly, e, quando passavamos pela Opera House, que tenho visto todos os dias nas minhas deambulacoes pela cidade, fiquei pela primeira vez indiferente perante tao magnifica construcao. 

Na realidade, nao era a beleza do edificio que me tinha chamado a atencao das vezes anteriores, mas o facto de estar la e de, estando la, eu estar a ve-lo, o que provava o improvavel, que era eu tambem estar la (ou ca).

Passaram-me pela cabeca - nesse momento em que o meu ferry ganhava uma certa velocidade que ja me pedia para fechar o casaco no frio fim de tarde austral - inumeros momentos em imensos sitios diferentes em que o facto de estar em lugares unicos nao me estava a provocar nenhum sentimento de emocao especial, antes, pelo contrario, manifestando-se provocativamente obvios.

A verdade e que, mesmo que passar de ferry pela Opera House (ou sair uma vez por semana na estacao de metro "Colosseo" em Roma, ou ter um quarto com vista para o Cairo, ou acordar todos os dias durante uma semana num barco no meio da Amazonia, ou beber durante cinco fins de tarde um copo com vista para os Himalayas) seja um acontecimento marcante para quem vive em Portugal (ou em qualquer sitio longe desses ou outros lugares), esse acontecimento so sucede porque a pessoa que o vive esta nesse momento em Sydney. E, sabendo a pessoa (neste caso, eu) que esta em Sydney (ja que nao vim ca parar por nenhuma teletransportacao inesperada), passar de ferry pela Opera House torna-se, as tantas, tao obvio como apertar os sapatos de manha (no meu caso, empurrar os atacadores para debaixo dos pes) ou beber um copo de agua.

Isto nao desmistifica de maneira nenhuma a beleza que e a Opera House e o espectaculo que e estar a viver em Sydney. Mas, pensava eu hoje, prova que ha um certo egocentrismo nas reaccoes quando se esta fora de Portugal, a viajar ou a viver.

Nao aquele egocentrismo narcisista e sensual, mas antes um egocentrismo na linha do geocentrismo ptolomeico ou do heliocentrismo coperniano.

Basicamente (e neste momento o ferry ja atracava em Manly e eu saia calmamente em direccao a um fim de tarde numa praia espectacular a 20 minutos de Sydney), a realidade mental de uma pessoa adapta-se ao lugar onde se esta e molda-se as caracteristicas do lugar, de tal forma que passar pela Opera House nao provoca qualquer tipo de reaccao fora do comum.

A Opera House aqui, para alem da obvia maravilha que e, representa sobretudo a prova de que se esta em Sydney, e e especialmente nesse contexto que eu me refiro a ela - como simbolo de Sydney.

Chamo a isto egocentrismo porque o reconhecimento deste sentimento opoe-se a uma crenca que muitos de nos temos antes de sair do nosso pais durante um periodo de tempo consistente, que e o de que nos somos a nossa casa e tudo roda a volta dessa realidade original. Ao sair desse casulo, comparamos as realidades que estamos a v(iv)er com a nossa casa, e deixamo-nos espantar infinitamente, porque tudo nos parece longinquo, mesmo estando a frente dos nossos olhos.

Eu chamaria a esta crenca (ou esta postura ou sentimento) algo como casa-centrismo.

Ao assumir uma identidade independente desse casulo original, colocamos a responsabilidade do nosso corpo no preciso local em que ele se encontre a determinado momento. Isso desvanece em enorme medida o nivel de comparacao que fazemos com a nossa casa original, colocando o Presente (e nao o Tradicional) no centro do Momento.

Pode parecer que esta postura (que, ja agora lembro, nao e proactiva em mim, mas simplesmente se manifesta sem eu a controlar) tira a piada a viajar e conhecer novos lugares. Esse foi um pensamento que me assustou durante alguns momentos.

Mas depois reparei que, pelo contrario, aperceber-me desta realidade me transforma numa pessoa muito mais maleavel e dinamica, mais movel, mais fluida, mais confiante em todo o lado.

O egocentrismo (no contexto que acabo de tentar explicar) coloca-nos no centro da nos mesmos, facilita a nossa integracao em qualquer lugar do Mundo e favorece o nosso respeito pela nossa casa e pelas nossas raizes porque, quando nos apercebemos de que estamos bem em qualquer lado onde estejamos, comecamos a questionar o Porque de, na realidade, continuarmos a achar que Casa e o melhor sitio do Mundo.

Quando, como e o meu caso, encontramos mil e uma razoes para continuar a gostar de Casa, estando a ver baleias na Patagonia ou a ver Canallettos em Veneza, relaxamos confortaveis no nosso egocentrismo, sentimo-nos contentes no Porto de Sydney e sabemos que, corram as coisas mal ou bem, ha sempre uma Casa.

E com esta conclusao finalmente estruturada na minha cabeca, relaxei-me ainda mais na viagem de regresso a Sydney, pousei o Midnight's Children no banco, e absorvi com uma nova emocao os ultimos raios de sol que desapareciam, alaranjados, por detras da Ponte de Sydney e dos seus enormes arranha-ceus, enquanto o ferry se aproximava, devagarinho, de mais uma noite.

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Obrigado por terem vindo ao jantar e a despedida.

Adorei estes dias em Lisboa-casa, raiz, refugio e, claro, futuro.

Portas abertas la em baixo.

(Ha mais um canguru na Australia)

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