Uma antiga suspeita da maioria dos meus, sempre atentos, leitores confirmou-se ontem, para espanto da minha ingénua visao da vida: a Magda gosta de mim. (O que é uma ganda merda, claro.)
É incrivel o sucesso que "O caso Magda" tem feito com amigos e desconhecidos, e parece-me fazer-vos a todos muito felizes saber que mais um episódio se processou ontem à noite, nomeadamente por volta das duas da manha, hora a que a maioria de voces estava a trabalhar.
Acontence que fomos todos sair (o Pete, a Kate, eu e a Magda, mais algumas amigas do Pete) e, as tantas, o pobre Pete tentou beijar a Kate, que lhe deu com os pes, pelo que o desgracado se comecou a sentir mal ali no meio e decidiu abalar com as amigas para outro lugar, deixando-me a mim com a Kate e com a Magda, isto é, nem sozinho nem bem acompanhado.
Obviamente que no mesmo minuto fugi dali tambem eu, mas por essa altura o Pete e as outras ja estavam num taxi, pelo que acabei noutro bar ali ao lado, onde por sorte encontrei uns amigos, e etc e coiso e agora tou com uma ressaca do caracas.
Ora bem, a melga da Magda pegou na Kate e andaram desesperadas a minha procura (5 chamadas propositadamente nao atendidas) e, falhando no seu objectivo de me encontrarem, decidiram ir ter com o infeliz Pete a outra discoteca. Mal o viu (e o que sei disto contou-me o Pete hoje), a Magda desatou num pranto desmedido por eu nao estar la, aos berros a dizer que quando saia comigo queria voltar para casa comigo (meu deus), e que nao me queria deixar sozinho, e mais nao sei o que, e tal e tal tal, enfim, o eterno drama da mulher bebada. Eu tar ali ou nao tar equivale a rasgar um collant, ou encontrar uma gaja com o mesmo vestido na mesma festa, ou pingar o vestido de noiva com chocolate no dia do casamento, enfim, eu nao tar ali foi um drama de sete avenidas.
Agora, segundo o Pete, a Magda vingou-se desta coisa toda ao agarrar-se a um mamarracho qualquer na pista de danca, com quem dez minutos depois estava a sair da discoteca, mostrando-nos a todos quao respeitável é e quao nobres sao os seus sentimentos por mim. Melhor que tudo, o Pete disse-me que o tipo "era um bocado gordo", tendo depois confirmado que era "um bocado mais magro que o Michael" quando eu lhe perguntei "quao gordo?".
O Michael é um chines de 95 kilos que trabalha comigo e com o Pete.
(Ja agora, a titulo puramente informativo, acrescento que tem um bigode ralo e fuma cigarros de mentol, mas nao sei se o gajo da Magda tambem partilha estas duas singulares caracteristicas.)
Eu, por mim, dormi sozinho e, alias, nada bem, mas isso nao interessa nada, como, alias, a Magda tambem nao interessa.
Estou um bocado desiludido por ela me achar piada porque agora vou passar a sentir-me mal por nao a tratar bem, ja que uma coisa era dar para tras a uma amizade e outra coisa é estar a magoá-la.
Pior que isto tudo, é que, ja se sabe, quanto mais lhe der para tras agora mais ela se vai ameixoar, a menos que, com sorte, o tipo "um bocado mais magro que o Michael" tenha tratado dela com o devido rigor e, ao contrario de mim, esteja interessado em passar tempo com a pobre Magda que, alias, em peso, se nao equivalente, é pelo menos um fiel competidora.
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