Primeiras Impressões da Terra


Fala-se muito de muita coisa. Então em música, todos os dias aparece alguém novo, algum teenie idol, algum ex-criminoso a debitar rimas, alguma banda de garagem inglesa ou algum australiano com uma viola acústica.

Depois, aparecem aqueles de quem não se fala. Há que gostar de uns para se saber dos outros, e por aí fora, até se descobrir música pouco divulgada que nos faz levantar do ar.

No meio disto, alguns vendem milhões e outros nem saem do anonimato. Alguns, sem voz, são aclamados por metade do Mundo e outros, génios, ficam para sempre confinados ao seu reduzido círculo de ouvintes. Ou vice-versa

Qualidade e vendas nem sempre são sinónimos. Geralmente nem são.

E independentemente disto e de tudo o resto, há um CD perfeito chamado First Impressions of Earth dos The Strokes. Já tem uns meses, não estou a dar novidade a ninguém.

Este cd é a obra de arte mais perfeita que alguém deu ao Mundo em 2006.

No meu 2006, há o antes e o depois disto. Este CD anda sozinho. Tem asas. É uma bomba de energia a rebentar em cada repeat. Demoro menos cinco minutos num percurso de vinte, quando o venho a ouvir a caminho de casa. Quase que voo.

E de cada vez que ouço, não resisto e volto a perguntar-me o que me pergunto há meses, sem encontrar a resposta: como é que alguém fez uma coisa assim?

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