A razão pela qual a barra verde do lado se arrasta pelo chão do blog

Salvo alguma fatalidade, este dia não me podia ter corrido pior.

Está a ser um daqueles dias em que as Pequenas Coisas me dizem:

- Luís, caga nisso, hoje estamos aqui para te foder os cornos. O melhor mesmo, Luigi, é ires dormir.

E eu, como não sou casmurro, acho que - depois de acordar sem camisas lavadas no armário, chegar meia hora atrasado à reunião da manhã com a camisa de ontem após me enganar em três edifícios até encontrar o certo, passar a tarde desconcentrado, ter o carro bloqueado pela Emel, esperar meia hora por eles só para ouvir que precisavam dos documentos para me desbloquear o carro, ir a casa a pé buscar os documentos, voltar de táxi, esperar outra hora e meia por eles até às dez da noite, desmarcar um jantar por causa disso, pagar 60 Euros pela multa e desbloqueamento, chegar a casa e destruir sabe-se lá porquê o template do blog, e reiniciar 3 vezes a MERDA do computador apenas para ver que quando finalmente ele se ligou em condições o rato não funcionava - vou mas é para a cama.


- E vieste aqui só para dizer isto Luís?
- Vim.
- E achas que este blog é o quê ahn?
- É um depositário.
- Pois e hoje parece um diário de um puto de 15 anos revoltado com a vida.
- É, é isso mesmo que esta merda parece hoje.
- E tu és um puto de 15 anos?
- Não.
- E estás revoltado com a vida?
- Não.
- Então porquê esta merda deste post?
- Tá calado caralho. Vou pá cama.
- Ler um livrinho?
- Se a Memória de Elefante do Lobo Antunes não fosse um pedaço de merda com adjectivos, talvez.
- Lê outro!
- Não posso, tenho este a meio.
- E então?
- Não gosto de deixar livros a meio.
- Então lê-o de uma assentada e começa outro.
- E se eu fosse só dormir?
- Não ias conseguir adormecer!
- Porquê?
- Porque hoje as Pequenas Coisas coisas acordaram para te foder.
- Tens razão
- Então que alternativa te resta?
- Esganar-te.


E nisto, acabo de esganar uma voz chatinha que teimava em lembrar-me que o dia estava a ser uma merda.


E nisso, matei esse zumbido pessimista que insistia na inevitabilidade do drama, saltei da cadeira, liguei as colunas no máximo, pus Hair Down dos Cold War Kids aos berros e, no momento em que o meu irmão me entrava indignado no quarto e os vizinhos se reuniam na rua sob a minha janela em protesto com a barulheira que levantava telhados e rebentava os tímpanos a gatos e cascas de banana, pus-me em pé em cima da cama e berrei, bem alto, completamente fora de mim e olhos nos olhos com um bando empijamado de vizinhos estupefactos:

- Amanhã é outro dia, seus cabrões! E amanhã o fodido vai ser um de vocês!

Amanhã.

She's laughing like a choir girl!!

She's laughing like a choir girl!!

She's laughing like a choir girl!!

When she doubles over sounds like HALLELUJAH!


Amanhã vai ser o MEU dia!

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